domingo, 3 de junho de 2012

Assassinato de Estado: culpa “compartilhada”

Uma breve reflexão sobre a pena de morte


Caríssimos, imaginem a seguinte situação: e se uma vez aprovada a "pena" de morte, ela pudesse ser executada por um parente em linha direta, ascendente ou descendente [filho(a) ou genitor(a)] da vítima? Quantas pessoas dispor-se-iam a executar o ato? E as que não quisessem fazê-lo, e delegassem ao "Estado" a "função", que motivos alegariam? Outros compromissos? Falta de interesse?... Incapacidade?!

death penalty_pena de morte_Don Monet
Os processos judiciais costumam ser longos; podemos descartar, portanto, que o algoz estivesse "fora de si" ou estivesse agindo "em legítima defesa" da vítima no momento de aplicar a pena. Os que decidissem executar o ato estariam movidos por uma "necessidade de reparação" – como certas crenças sociais insistem em tentar nos doutrinar –, ou por um desejo de vingança?

Essa situação hipotética daria margem a um interessante estudo psicossociológico; não que eu queira que ela ocorra :) Confúcio dizia que distinguir entre o que é "correto" e o que é "incorreto" é próprio do ser humano, não dependente de condicionamentos sociais.
Sempre me pareceu estranho que, em alguns países "desenvolvidos" onde a pena de morte é aplicada, no momento da execução um médico examine o condenado para "atestar suas boas condições de saúde" – aferir os batimentos cardíacos do condenado chega a ser hilário. Mais estranho ainda, é quando sacerdotes dão alguma "benção" ao condenado antes de ele ser executado. Faz-me lembrar as execuções da Idade Média, quando sacerdotes "encomendavam a alma" do condenado a Deus, solicitando o seu perdão, ao mesmo tempo em que o abençoavam. Isso continua me parecendo estranho, apesar de eu saber que, certamente, denota uma espécie de "mea culpa" social.

yahoo 1
Pena de morte executada pela parte ofendida é reprovada universalmente, porque assassinato é. Por isso, criou-se a pena de morte estatal, que é uma maneira de despersonalizar o assassinato, já que este se torna um assassinato, digamos assim, difuso, "consensual", visto que, "estando na lei", involucra obrigatoriamente a parte discordante da sociedade, sob o argumento de que "afinal, todos têm de respeitar a lei". Esse estado de coisas é trágico, é uma caricatura da realidade da vida.

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Imagem: Don Monet
Imagem 2: comentários em notícia do Yahoo!
Veja o mapa da pena de morte no facebook.

Do ordenamento do mundo

Aforismos de Confúcio

"Energia" Qi

"Os Antigos, para desenvolver no império as mais altas virtudes, começaram pondo em ordem seus próprios Estados.

Para pôr em ordem seus Estados começaram por se conhecer a si mesmos.

Para cultivar sua própria personalidade, começaram pela reforma de seu coração.

Para reformar seu coração, quiseram ser sinceros em seus pensamentos.

Para ser sinceros em seus pensamentos, desenvolveram o seu saber.

Para desenvolver o seu saber, procuraram compreender a essência das coisas.

Descobertas as coisas, o conhecimento tornou-se completo.

Uma vez adquirida a ciência, seus pensamentos foram sinceros.

Sendo sinceros seus pensamentos, seus corações foram diretos.


Confúio_Dinastia Tang_Wu Daozi_flipSendo diretos seus corações, foram eles próprios homens de bem.

Sendo homens de bem, tiveram famílias bem ordenadas.

Ordenadas suas famílias, foi o Estado governado com ordem.

E como fosse o Estado deles governado com ordem, todos viveram tranqüilos e felizes."




Confúcio (“Kung-Fu-Tze” – Filósofo chinês, viveu entre 551 a.C - 479 a.C)
Citado em: Como Viviam os Antigos – 40 Mil Anos de Arte Moderna. Ivar Lissner. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 1959


túmulo de Confúcio Shandong China
Túmulo de Confúcio – Shandong, China

Mais sobre Confúcio e confucionismo (da Wikipedia)
Sobre a "energia" Qi (ordenamento universal)


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Créditos das imagens:
Imagens 2 e 3: Wikipédia 
Imagem 1: Starlight86 - PA Blog - Beautiful planet effect in gimp tutorial,
a partir de Designmodo - Free and professional gimp tutorials for designers 

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Entre a Perplexidade e a Esperança

Alguns fenômenos nos fazem refletir sobre o sentido da existência.

A existência de sentimentos entre os animais nos deixa: (i) ou perplexos; (ii) ou esperançosos; (iii) ou ambos. Isso ocorre pelo fato de que, diante dessas manifestações de sentimento por formas de vida não humanas, entendemos que não somos a única forma de vida capaz de sentir.

* Tarra (E) e Bella (D)

Perplexos, porque tais sentimentos nos colocam diante da realidade de que pertencemos, juntamente com os animais, a um conjunto de seres conectados por um sentimento entre si e com outras espécies, o que nos leva a redimensionar a nossa apreciação de exlusividade acerca de nós mesmos, humanos.

Esperançosos, porque, se sentimentos são atributos comuns a várias espécies, tal fato nos sinaliza que todos os seres estão ligados psiquicamente a uma mesma fonte originária – quer tenhamos consciência disso ou não, quer aceitemos ou  rejeitemos tal axioma.

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* Tarra, a elefanta, e Bella, a cadela, eram amigas inseparáveis, até que coiotes mataram Bella. Os cuidadores da reserva ficaram perplexos quando souberam que Tarra havia resgatado o corpo de Bella.
Fonte da imagem: "The most unlikely Valentine's couples... in the animal world" - The Week


Paradise - Coldplay



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